segunda-feira, junho 11, 2012

Aquele da viagem

Sim, o post é longo. Mas eu quero manter um relato completo pra não esquecer :)


Então que em Curitiba, sexta feira dia 08, eu acordei às 6h. E foi tomar banho às 7h, prq estava de saco cheio de esperar - mesmo estando perto dos 5º. Tomamos café, e curiosamente estávamos no aeroporto no horário esperado (11:15). Fui fazer checkin na TAM, primeiro vôo, e lá vem a notícia: que a aeronave que faria meu vôo poderia ter que fazer um vôo antes, e aí meu vôo atrasaria pelo menos umas 2h e eu perderia as demais conexões. FODEU. Enfim, era esperar meio-dia e descobrir se isso aconteceria ou não. Não foi mole, mas consegui a tal informação.

Os meninos doidos em ver os pousos e decolagens. Quase tive que deixar a almofadinha pra eles haha.

Enfim que o vôo não atrasou. Mas os painéis que mostravam informação de embarque estavam bugados, e perto das 12:35 resolvi entrar para embarque. Olhe no papel, 7A. Fui até o portão 7... ninguém. Levo uns 2 minutos pra olhar pro painel, era portão 2. Sete era minha poltrona. 'EMBARQUE IMEDIATO'. Vixe. Saí correndo e praticamente só faltava eu. Um rapaz pediu pra trocar a minha janelinha por outra, e por milagre até tinha espaço pra bagagem de mão nos compartimentos superiores. Sim, a mala era gigante.

Entrei a tempo. Quarenta minutos, chego em Guarulhos, garoando. Mereço? Cidade feia até de avião.
Em Guarulhos, eu me perdi geral. Porque eu vi uma placa com 'Passageiros em conexão', e a segui. Pedi informação no raio-x da infraero, mandou passar por ali. Levei uns minutos pra entender que eu tinha entrado no embarque doméstico. Pedi ajuda pra um funcionário da TAM que mostrou um 'caminho secreto' pra chegar no tal Terminal 2 - o troço era meio abandonado, mó sinistro. E lá eu deveria fazer o desembarque, fazer checkin na LAN e aí sim fazer o embarque internacional. Tem que passar por imigração, mostrar passaporte e tudo o mais.

Foi o que fiz. Entrei na área internacional, cheio das frescuras, né? Sapato, tirar notebook da mala.
Fui pro portão de embarque e tentei conectar o wifi. Não imagino porque cargas d'água não funcionou. Fiquei irada, mas fazer o que. Aí resolvi comer, adivinha se, bem na hora que consegui meu lanche, não estavam já embarcando. Pela mãe do guarda.

Primeiro baque: os comissários te cumprimentam em espanhol. Uma boa porcentagem da aeronave fala espanhol. Avião grandão, bastante entretenimento de bordo, lanchinho legal. Curti a LAN. Minha enorme bagagem de mão ficou na parte de baixo da poltrona. Como não tinha ninguém do meu lado, lotei o resto que faltava com almofada, blusa, tênis, etc. Depois da decolagem, me senta um ENORME manolo do meu lado. O fulano chileno com cara de pouquissimos amigos, impossível estabelecer conversa.

Vôo super frio, ainda bem que a LAN provê um cobertinha. Me acostumei ao espanhol. Eu falava em inglês, pessoa respondia em espanhol, coisa linda
Mas essa viagem foi horrível. Depois de 3h, começou a me dar uma agonia sem fim.

E chegamos em Santiago. Depois do tiozinho do raio-x olhar minha almofada cinquenta vezes, entro na sala de embarque. E descubro que o FUCKING aeroporto não tinha wifi. Lugar nenhum. Nem pago. E eu já tinha marcado de dar notícias de lá! Nem tomada tinha. Só umas poucas em totens. Mas pelo menos tem parquinho pra crianças perto da plataforma 11.
Aff, aff. Nem cartão de ligação internacional consegui encontrar. Só liguei a cobrar pro dignissimo e falei que estava bem, mas que estava sem internet.
Nas duzentas e cinquenta horas de espera, juntamos uma enorme roda de brasileiros indo pra Australia, estudantes e tudo o mais. Conversamos muito.

A LAN, absurdamente pontual, nos fez entrar no vôo. Surpresa, não poderiam entrar líquidos maior que 100ml. Isso no meu 'fuso' já era pra lá de meia noite. O jantar foi servido umas horas depois, e eu já estava virada de sono.

Esse vôo, de 13h, não foi tão terrível. Nas primeiras horas tentei cochilar, mas não existia posição decente. A almofada ajudou MUITO na lombar, mas não fazia milagre. Vi filme, ouvi música, e alguma hora dormi de verdade. Serviram um café da manhã. Do meu lado uma companhia bem agradável, um senhorzinho colombiano que mora na Australia há 20 anos :)

Em Auckland, ainda escuro total. Passamos por MAIS detectores de metal, e a mulherzinha ainda passou uns troços na minha roupa. Tipo um pega-pelo, sabe? E pediu pra eu mostrar as canelas (???). Nessa hora eu já IMPLORAVA por um banho. E o sotaque? Vixe.
Aeroporto lindo. Lindíssimo. Wifi paga, mas fazer o que?

Embarcamos novamente, e mais um vôo de 4h. Não foi tão terrível, mas o que era minha NECESSIDADE de banho??? Eu passei a viagem lendo. Mas ver o sol nascendo foi fantasticamente lindo.

Em Sydney, primeiro passa pela imigração. Na fila, Declara itens, eu declarei remédios. Um dos meninos estava com cigarro numa quantidade maior do que deveria, mas o problema nem foi esse. O cachorro farejador ficou LOUCO com esse menino. Louco define.
A mulher na fila questionou daonde a gente o conhecia, expliquei no foi durante o(s) vôo(s). Ela disse bem claro: vocês NÃO aceitem dividir o cigarro porque vocês não sabem o que tem ali. Não confiem. E fiquem longe dele.

Vixe. Aí a fila estava absurdamente grande, devia ter uma excursão de escola feminina do Japão, Coreia ou algo assim. Devia ter umas 200 gurias asiáticas de uniforme (sainha e meia branca) na fila. Mostra passaporte, mostra certificado de vacinação. Bora pegas as malas na esteira.

E daí pra alfândega. Na fila todos nós fomos questionados daonde conhecíamos o menino. O povo ficou tri desconfiado, mesmo. E são bem rudes, mas enfim. Mostrei os remédios que eu tinha levado, falei que no Brasil nenhum precisava de receita. E daí foi a saída.

No saguão do aeroporto consegui comprar um cartão telefônico, o Thiago já estava a caminho. Consegui conectar uns minutos, insanamente desesperada por um banho. Thiago chegou, fomos para o trem e ainda o menino dos cigarros conseguiu nos alcançar (pense o quanto não encheram o saco do guri! Todo o tempo).

A viagem não foi tão cansativa quanto eu esperava. A almofada foi uma salvação, e fiquei feliz de não tê-la perdido em lugar nenhum. E velho, na boa. Alfândega chata pra caraleo. Na boa.

Descemos na estação central, e cheguei no hostel. Às 11h da manhã de domingo, dia 10 de junho. Cadê sábado? :)

Aí o resto da história é pra outro post :)

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